Neuroplasticidade
- Maria Antonieta Lemos
- 15 de mar. de 2023
- 2 min de leitura
Atualizado: 15 de mai. de 2024
Se acreditamos em algo na nossa infância, vamos acreditar naquilo a vida toda?
O que é formado lá atrás fica na nossa identidade para o resto da vida? Será?
Cada um de nós pode citar diversas crenças que mudaram ao longo da vida. Basta eu olhar para uma foto minha nos anos 90 para ter certeza disso.
Isso acontece por um fenômeno científico – a neuroplasticidade – mas também pela influência do meio que já se sabe pode impactar até na nossa genética.
A neuroplasticidade diz que nosso cérebro é plástico, ele vai mudando e se moldando ao longo do tempo e nunca para de mudar. Mesmo quando ele está totalmente formado – aproximadamente aos 25 anos de idade – ele pode continuar se transformando, basta exercitarmos ele para isso.
Lá atrás, na nossa primeira infância, nosso cérebro ainda não estava nem perto de se desenvolver, não tínhamos senso crítico e aceitávamos tudo como verdade. Como se fossemos uma tela em branco e tudo o que acontecia ao nosso redor ficava registrado nesta tela. Se o bebê chora e a mãe não lhe dá o peito, o bebê pode entender esta verdade como “eu não mereço alimento”, “minha mãe não presta atenção em mim”, “não sou bom o suficiente para ser alimentado” e por aí vai! Não temos critério para pensar que talvez a mãe estivesse ocupada, que viria logo em seguida, etc.
O problema está quando depois do cérebro já formado, quando já temos autonomia, independência, ainda continuamos agindo segundo esta crença que foi criada lá atrás. Hoje quando um boy não me escreve eu penso as mesmas coisas que pensava quando era um bebê chorão.
A parte boa é que podemos mudar isso. Podemos reprogramar nosso cérebro para trocar esta crença “eu não mereço” por uma nova que nos ajude a materializar o que queremos.


